quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A comissura de todo mundo



O canto é um conto
Um alicerce que alicina
É canto em todo canto
Um canto muda com o ângulo do canto do olho,
a parede vira lado,vira teto, e vira chão!
Tudo depende do ângulo...
O canto é um dom;
pode ser um sm,uma nota...uma canção.
Mas esse canto nasceu de uma junção
de cimento,areia,tijolo e mão de obra.
Nele passa aranha enquanto tece a teia,
passa traça quando vai à caça.
O canto dá sono
dá rima
e faz os olhos arderem quando derruba areia...
O canto tem mofo,tem fungo,
muda de cor com o "bolor" e com o humor do dono da casa.
Faz a iris subir,parar e descer,faz a retina trabalhar
para o cérebro entender a existencia da cantoneira.
A esquina é um canto de gente;
de animais refugiados;
de mulheres repudiadas,despudoradas..
É canto dos atrasados;
É ponto de ônibus;
é canto para abraços...para amassos!
Esquina é canto de espera.
è a quina da cidade.
É o canto do coro de todas as vozes.
E o canto canta mudo.
E todos estamos em algum canto do mundo!

3 comentários:

  1. Profundo e bonito.
    Cada parede um canto.
    Cada pessoa um canto - 2 cantos.
    Canto do silêncio e o silêncio do canto.
    Gostei mesmo e identifiquei-me - não dá prá disfarçar não é?
    Obrigada por isso.

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  2. Muy Bueno! Hoje deitei no chão e comecei a observar as aranhas no canto do teto, fiquei algum tempo observando,observando mesmo ...ai chego no seu blog e leio este texto ...achei incrivel a coencidência...Hasta La Vista!
    Positividades!

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  3. hola hermana! Belissímo!

    Me enCANTEI!

    Te amo!

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