quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A comissura de todo mundo



O canto é um conto
Um alicerce que alicina
É canto em todo canto
Um canto muda com o ângulo do canto do olho,
a parede vira lado,vira teto, e vira chão!
Tudo depende do ângulo...
O canto é um dom;
pode ser um sm,uma nota...uma canção.
Mas esse canto nasceu de uma junção
de cimento,areia,tijolo e mão de obra.
Nele passa aranha enquanto tece a teia,
passa traça quando vai à caça.
O canto dá sono
dá rima
e faz os olhos arderem quando derruba areia...
O canto tem mofo,tem fungo,
muda de cor com o "bolor" e com o humor do dono da casa.
Faz a iris subir,parar e descer,faz a retina trabalhar
para o cérebro entender a existencia da cantoneira.
A esquina é um canto de gente;
de animais refugiados;
de mulheres repudiadas,despudoradas..
É canto dos atrasados;
É ponto de ônibus;
é canto para abraços...para amassos!
Esquina é canto de espera.
è a quina da cidade.
É o canto do coro de todas as vozes.
E o canto canta mudo.
E todos estamos em algum canto do mundo!

Lunático chamando por terra!


Parte I

Delirante é a palavra para ações fora do padrão vivencional.
A madrugada conturbada e perturbada,por uma tsunami de idéias que movem a cabeça pesadamente confusa,exige o brilho de um diamente louco.Exige para embalar a dança frenética e hipnotizante das dúvidas que enlaçam-se com os questionamentos.
De repente,quando as notas musicais fazem seus neuronios vibrarem minuciosamente ao compasso,como ondas deslizantes a uma superficie,observa-se os olhos parados e cheios de imagens!
Um deslize pode ser marcadamente fatal,dentro da cabeça onde pulsam os ponteiros de relógio que fazem o resto do corpo latejar a espera pela própria resposta.
A consequência pode acarretar decadência para uma raça inteira,vida após vida.E a música continua a manobrar o movimento dos dedos e dos pensamentos.Tem hora que a alma parece dormir e nós permancemos acordados tentando lutar contra esse ataque de palavras verdes flutuantes!
Tudo torna se quieto,exceto o coração e os ponteiros do relogio que tiram o sono.Mas,o momento em que fechamos os olhos e as guitarras cantam em som retilineo,assim como quando o coração pára de bater,e aparecem diante de seus olhos estáticos,porém vivos,as linhas sonoras todas retas e coloridas..
e então,os olhos queimam e derretem todas as imagens e gritam pedindo por um tempo no escuro.Gritos de um lunático por momentos em terra,por apenas fugazes instantes...

Parte II

Me seguro e faço prisioneiras as minhas palavras em várias ocasiões dos mais diversos e inesperados sentimentos...surtos momentâneos.
se o tempo é completamente programado,falsamente controlado,como pode se acreditar no resto das coisas inventadas???
No meio do caos nosso d ecada dia sempre surgem pensamentos vazios,pessoas cheias de palavras fúteis e inúteis,palavras as quais estão prontas para explodirem e pairarem no ar como partículas invisíveis que remetem nos a gostos...cheiros..
E o quão desajeitada,desgostosa,desastrada e derivada é a vontade de algumas pessoas de jogar nos uma teia de más palavras,um maço subito de vontade inexplicável de ofuscar a capacidade diante da própria incapacidade.
Os pés que flutuam ainda sustentam a mente embriagada de pensamentos,e a mente acompanha o som viajanteque passa como linhas minuciosas,como pequenos cristais lapidados por um ser incompreensivelmente lunático.