sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Equilibrium



Quanto mais você olha para o vermelho,mais sangue ele se torna.
Qaunto mais você pisa com força,menos vontade de andar você sente!
Quanto mais em linha reta você segue,maior a vontade de experimentar uma curva....
Quanto mais álcool você ingere,maior a vontade de experimentar o extremo...
Quanto mais você dorme,maior é a vontade de sonhar,portanto,mais sono você tem!
Quanto mais mexe se na ferida, maior é a vontade de continuar investigá-la e a sensação de dor parece ser o início da cura...
Quanto menor for a graça de uma situação/piada,mais enfática e repetitiva ela vai ser.
Quanto mais você pergunta,mais idiota você se sente e menos você sabe..e mais ainda você pergunta!
Quanto mais você chora,menor é a vontade de fechar os olhos....menor é a vontade de parar...
Quanto mais opções ,mais alto o nível de indecisão  e confusão!
Quanto mais for,menos terá....
É necessário equilibrio entre o mais e o menos...
Estabelecer equlibrio é tarefa complicada...algo que vem a ser lapidado ao longo da vida!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mal Necessário



Sinto me velha,sinto me inutilmente fraca...
Sinto me covarde por ,em meio ao sofrimento,em meio aos traumas,fechar me
em um casulo e não querer mais aprender o que ainda mais a vida pode ensinar.
A vida é tão cheia de si.Joga nos verdades na boca do estômago e exige nos digestão!
Lava nos a cara com água pura de realidade...
Água que é ácido,que clareia e abre os poros!
Sinto me carente de morte pra renascer....Morte de sentimentos ruins,pensamentos errôneos,
atitudes não coerentes.
Morte do Eu por todos,Vida do Eu por mim!
Que eu renasça para sobreviver!!!

Foco pra Desfocar



Procuro foco nas coisas vagas.
Procuro vagas nos lugares cheios.
Procuro ciência na vida.
Enterro no lixo,um lapso
Foco me no rastro,pra desfocar teu rosto
Foco me no álcool, pra desfocar teu gosto
Aprendo todos os músculos que uso para sorrir
desfoco e desprendo tua imagem pra garantir
vida longa ao meu coração.
Venero os átomos em movimento
que formam a grama do chão,
que movem essa caneta e
enganam minha visão.
Escuto o silêncio em meio ao caos..
Troco o palco pela luz..
Na música,foco o solo..
Na vida,foco me e borro as outras imagens..
Desfoco a existência..
Aperto os olhos e peço ajuda para a retina
pra que deixe entreaberta a cortina e dificultar
minha visão.
Foco me no oco,pra desfocar me do todo!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reflexão do Sertão





O chão rachado e quebrado do sertão.
As notas da viola que se movem em ondas..
O rosto solado,queimado e sofrido
que reflete um pai preocupado
com o estomago desocupado
e a boca pedindo por combinação
de hidrogenio(de preferencia dois) mais oxigenio!
O chão rachado que reflete criança de barriga grande
que olha pro ceu,com olhar descompensado..
querendo o leite que não foi derramado...
Criança de barriga cheia!!cheia de vísceras dilatadas
de vermes oportunos,feito politicos moribundos
que aqui fora se disfarçam de comida  pra quando lá dentro,
fazer festa e aproveitar!
E esse é o sertão,onde a água que existe
é a que brota do olhar da dona sebastiana
quando pensa nos cinco filhos que estão lá na cama
e vão levantar ,mas nao conseguem parar em pé
a não ser com sua fé,por nao ter nada para os alimentar!
Terra que arde na fogueira de São João
Arde na tradição do desprezo da região...
Ta faltando mesmo a Asa Branca...
O que não falta é a esperança
Que seu severino mostra em sua "andança"
que sua sola é de aço,e seu corpo virou espinho de cacto
pra aguentar o cansaço!
E ele diz"um dia o Sertão vai virar mar,vou ouvir a sanfona
avisar que a alegria voltou...e homem nenhum jamais vai chorar por ver o
os filhos que a terra um dia desintegrou!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Círculo Vicioso




O passo é um compasso,com passo de pé,
em pé,com pé.Compasso do passo do pé descalço.
O pulso pulsa no compasso do colapso
de mão,de circulação que pulsa o coração,
que tem ritmo e traçagem  circundada!
Ai do indivíduo se não o tiver...
O coração?
Não,o compasso!
A vida vincula no círculo do nascer,crescer e morrer.
O círculo precisa do compasso de aço,de traço , de vida!
Com passo a vida anda,talvez descompassada ou
descompensada...
Hastes articuladas destinadas a traçar a harmonia entre
o pulso e o repouso.
O ósculo é o compasso do músculo.
O ônus é o compasso da labuta.
O ócio é o compasso do descompasso.
O ópio é o compasso descompassado do
ócio...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009





Sinópse Nauseante


Saia dessa fantasia

Saia dessa fase bobo da côrte

Da côrte sem cortinas,sem cortes

Contemple os caras vermelhas,

sem vivê los.

De Sartre e simone

sabemos o que convém

Mas,não é só isso que nos mantém

Joga a superiodade intelectual

por meio das nádegas de controle

Deixa as verdadeiras mentiras aparecerem

Deixa vir a tona os desejos

Deixa o medo desfigurar tua cara

sua época é sua vida

Põe esse vestido

contemplantes dos descontentes!

Náuseas necessárias e forçadas

Perde um amor ,mas não o vigor

as papoulas agradecem a felicidade

e eu, o ópio.

OBS: Vomita tua fome,tua sede,TUA vida!Vomita e viva.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009





O vento venta e canta
Uiva,grita e lamenta
Toca,acaricia e acalma.

O vento assusta,leva embora
leva a agonia que tive outrora
Vai gritante e apertada
que nem pipa sem corda no rodamoinho.

Depois do vento que veio bravo,
Estrondoso e avassalador;
Depois de ter carregado tudo embora...
Vieram os primeiros pingos d echuva
Aqueles que chegam receosos pra avisar
Que vai molhar!

Chuva que chega pra lavar
o que o vento levou e bagunçou
Porque não há mudança sem sujeira
E a chuva corriqueira,vem esperta e de longe
Lava,limpa e renova.

E não há mudança sem festa,
sem boas vindas e boas Novas...

Agora,com a sujeira posta pra longe e alma limpa
é hora das luzes,dos fogos de artifícios naturais!
Os relâmpagos anseiam e prestigiam a chegada
Os trovões com vozes imponentes,mostram se
numa felicidade reluzente por boas vindas
poderem dar.

Findou-se todo barulho
toda água que descia do céu
Fez se um silêncio quase matinal
O sol ainda não reapareceu
Mas,aqui dentro,minh'alma sorriu,
suspirou e reviveu!

Morte do medo





Medo do óbvio
Medo do novo
Medo de ter medo
Medo de não ter medo
Medo do medo

Grito
Olhos arregalados
Lágrimas nos olhos
Pupila dilatada
Juntas endurecidas
Medo da vida
medo da morte
Morte do medo!

Medo do amor
Medo do bom
Medo do mau
Mal do medo
Medo de alcançar

Medo de crescer
Crescer para ter mais medo
Crescer para não ter cama que acalma
quando se tem medo;

Medo da sorte
Medo da morte
Morte do medo!

Medo que mede a coragem
Medo que aumenta a medida que
os anos passam e você acomoda-se

Medo da morte
Morte do medo!